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  • sexta-feira, 5 de outubro de 2012

    EXPOSIÇÃO - Palácio

    HUGO HOUAYEK/DIVULGAÇÃO
               Hugo Houayek, Queda, 2011. Lona plástica, 60 m


    Dia 9 de outubro às 18h na galeria da Funarte no mezanino do Palácio Gustavo Capanema abre a exposição PALÁCIO, dos artistas Alvaro Seixas, Hugo Houayek e Rafael Alonso. O projeto para essa mostra coletiva foi contemplado com a Edição 2011 do Prêmio Funarte de Arte Contemporânea – Projéteis Funarte de Artes Visuais Rio de Janeiro. Os três artistas apresentam trabalhos que estabelecem estreito diálogo entre si e constituem uma grande instalação concebida especificamente para o espaço em questão. A grande escala da maioria das obras incluídas na mostra e a sua relação com a arquitetura do edifício paradigmático no modernismo brasileiro, propiciam uma potente presença teatral para os objetos expostos, que se situam estrategicamente entre categorias como a pintura, a escultura e o design.


    Palácio – Alvaro Seixas, Hugo Houayek, Rafael Alonso
    Inauguração: 09/10/2012, terça-feira, às 18h.
    Período da exposição: 10/10/2012 a 07/11/2012

    Funarte – Palácio Gustavo Capanema. Rua da Imprensa 16 – Centro – Rio de Janeiro – RJ
    Classificação etária: livre.



    Alvaro Seixas

    Artista plástico. Atualmente cursa o doutorado em Linguagens Visuais na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É também professor na Escola de Design da Universidade Veiga de Almeida e curador de exposições de arte.

    ARTIGO - Arte, Valor Agregado e os "Facebooks"

     Quanto vale 50 mil fotos compartilhadas nas mídias sociais?  E as matérias espontâneas que se reproduzem as centenas?

    O principal jornal do Rio constatou o estrondoso sucesso do Projeto OiR, patrocinado pela Oi,  entre outras grandes mostras que nossa cidade foi brindada nos últimos meses.

    Dentro em breve nosso ARTIGO ESSENCIAL ARTE URBANA, um festival com inúmeras ações de arte pública também estará pelas ruas e numa página do Facebook perto de você.
    Diferente de muitos investimentos que se extinguem depois de um placar perdido ou um show engarrafado, mostras de arte tem um poder extra de encantamento, interação e difusão e isto permanece como resposta para as empresas que apóiam a cultura como um bem perene, lembrado nas sensações, memórias e registros em números monumentais.

    A expressão – agregar – vem da forma, com que a influência da cultura grega ia deixando sua marca em outras civilizações, reverberando por séculos e séculos.  

    Hoje, quando falamos em agregar valor, muitas vezes vemos empresas e o poder público, fazendo escolhas frágeis e investindo quantias imensas aplicadas em eventos que não garantem um real retorno, pois estão relacionadas a fatores externos e aleatórios.

    Enquanto isto, cada centavo aplicado em eventos artísticos, ficam preservados e otimizados por uma dinâmica que reproduz "ad infinitum" suas ações.  Claro que a vida é um fator plural e toda realização humana merece atenção e apoio, mas nada como a ARTE para fazer valer uma boa ação de marketing !   Ações com retorno, pra deixar os gregos certamente, com inveja. 



    Alexandre Murucci 

    Curador e realizador do festival

    EXPOSIÇÃO DESVIO PADRÃO - Galeria de Arte Meninos de Luz


    DIVULGAÇÃO
    Obra de Pedro Varela

    Ao se delinear critérios que deverão ser aplicados na conceituação de uma exposição de arte se lida com uma variável aleatória no que tange ao mérito criativo de cada artista que irá compor o conjunto da mostra a ser apresentada. Para esta mostra o paradigma parecia bem simples e direto porque falaria da gravura e suas técnicas. Contudo, o que a presente montagem nos traz são meandros muito mais engenhosos e articulados que se pautam em reflexões aprofundadas não pelo viés do manuseio instrumental, mas pela tenaz investigação crítica do artista e o seu lugar de pertencimento social.

    Os trabalhos apresentados, longe de destacarem assimetrias, revelam diálogos prodigiosos em instâncias talhadas pelas questões concernentes à própria contemporaneidade as quais corporificam como veios naturais de suas faturas. É, a propósito, o que vemos nas obras de Marcelo Oliveira e João Moura ao descreverem cenas do cotidiano urbano sob o olhar de uma lupa que coloca em evidência o banal e o corriqueiro em um sarcasmo fugaz. Acentuando o caráter efusivo da acumulação e da repetição dados pertinentes de longa prática investigativa nas artes visuais, encontramos na cidade digital de Pedro Varela e no cordel de Gian Shimada, saturados de ironia, o desejo de ter, enquanto que Alexandre Alves em suas repetidas acumulações nos apresenta um emaranhado óptico de fragmentos/interrupções tal e qual se dão nas relações fugidias de nosso cotidiano. Esse núcleo de artistas traz então uma abertura contextual em que se desenrolam os trabalhos de Julio Castro e Roberto Tavares como indicativos do eixo Artista – Cidade em que uma subjetiva entropia formal é o germe da contínua reconfiguração do espaço e do tempo que eles manifestam de maneira contundente e incontornável. Confirmam essa máxima as obras de Lea Soibelman, Paulo Jorge Gonçalves e Karla Gravina, porém como uma tríade em que temos Artista – Cidade – Corpo. 

    O desvio padrão em estatística trata de dispersão. Talvez seja esta uma das razões por que pouca coisa fique ou se entenda, como se costuma ouvir, de uma exposição de arte contemporânea. Talvez fosse o caso de se explicar que essa arte é a arte dos nossos dias, como os artistas veem e tratam dos temas de sua época. Talvez seja preciso encarar o fato de que da dispersão vivemos. Talvez tenhamos que entender que arte não é mais linguagem, e sim forma de pensamento.


    DESVIO PADRÃO
    GALERIA DE ARTE MENINOS DE LUZ
    Rua Saint Roman, 146 – COPACABANA – RJ 
    Telefone para contato 2522-9524
    de 24 de agosto a 6 de outubro
    quarta a sexta das 15 às 19h  sábado das 13 às 17h



    Osvaldo Carvalho

    Mestre em Poéticas Visuais pela ECA-USP, artista visual e curador independente

    CANTEIRO DE ALFACES

                                           LUISA GOMES CARDOSO/DIVULGAÇÃO
    Cadernos e agendas dos artistas André Assis, Eduardo Denne,
    Luiz Carlos Carlos de Carvalho, Raimundo Rodriguez, Cisko Diz e Gian Shimada.
     Adoro cadernos. Sempre foi assim. Desde garota, queria me ver feliz, era me deixar dentro de uma papelaria sentindo aqueles cheiros maravilhosos de papel, borracha, olhando para as prateleiras e ainda mais estimulada, desta vez visualmente, por hidrocores, crayons e lápis de cor. Eu poderia ficar horas ali e me abster de tudo a minha volta para me sentir parte integrante daquele cenário. Ate hoje essa memória emocional persiste. 

    Apesar de ser totalmente integrada ao mundo da informática e internet, com backups em pen drives, HDs externos, etc, meu amor pelos cadernos, principalmente, continua intacto. De uns anos pra cá, resolvi colecioná-los. Tenho os mais lindos que já vi, que começam a me seduzir pela bela capa, sempre conferida pelo tato. É preciso sentir a textura para que a paixão se instale totalmente, tomando conta de mim e fazendo-o meu, imediatamente. Esse sentimento de posse é o melhor que existe... Não prejudica ninguém e me preenche. Eu me sinto com mais poder, depois que pago e coloco-o na bolsa, já totalmente dona da situação e do meu objeto do desejo.

    Há cerca de um ano ouvi falar em Canteiro de Alfaces. Esse nome não me passou despercebido, achei lindo. Imediatamente tentei visualizar como seria um, urbanoide que sou. Depois quando finalmente pude penetrar naquele mundo de encadernações, costuras, pespontos, colas, papeis dobrados em série cuidadosamente arrematados tornando-se cadernos maravilhosos, me encantei.

    Revirei toda a página deles e descobri as diferenças que existem, a pluralidade de encadernações e a variedade e beleza das capas. Tudo isso me chamou atenção, mas o melhor ainda estava por vir.

    Vi uma série de desenhos com uma boneca com o cabelo tão preto como o meu. O fato é que quando vi aquilo, entrei imediatamente em contato para saber se aquela estampa não poderia ser minha agenda de 2013. O resultado foi ainda mais interessante, que me fez ter vontade de escrever.

    O Canteiro de Alfaces é de uma moça chamada Luisa, que tem entre seus talentos não só a confecção dos mais belos cadernos. Trata-se de uma pessoa doce, meiga, acessível. Em nosso contato descobri uma pessoa realmente profissional, sem ficar posando disto. Meiga, aberta, segura e inteligente, Luisa tem total domínio sobre seu negócio e nos conquista com sua afabilidade e maleabilidade, que vem de encontro ao nosso gosto. Determinada, organizada, Luisa faz bonito com o que faz, tanto no trabalho quanto no atendimento.

    Quis saber como ela começou. Contou-me que o Canteiro já tem 3 anos e meio. Nasceu em 13 de maio de 2009, a pedido de amigos, que já deviam ter descoberto o potencial da moça antes dela própria... Como costurava roupas, achou que papel não seria problema. E não foi mesmo. Virou solução.

    Recomendo uma visita (www.canteirodealfaces.com.br). O único perigo é que você fique absolutamente encantado e comece a fazer a sua coleção de cadernos. O que não é nada mal... 



    Paola Bonelli

    Jornalista e dona da empresa de comunicacao Um Olhar (www.umolhar.net)

    LINHA EVOLUTIVA - Pletora de criatividade

    Dois livros essenciais para entender a obra de Alexandre Dacosta. O artista miltitarefas-artista visual, músico, compositor, cineasta, ator e porta – lança pela editora 7 Letras o CD Livro ADJETOS e [tecnopoética].

    ADJETOS é um livro que contém 48 fotos coloridas de 22 esculturas e um CD de áudio encartado com 18 composições musicais feitas para essas esculturas / objetos. Tem belo projeto gráfico de Gringo Cardia, texto do artista plástico e crítico Ricardo Basbaum, e percorre a trajetória de 25 anos de trabalho de Dacosta com o tridimensional. No CD, Alexandre canta músicas de sua autoria.

    [tecnopoética] é feito de poesia gráficas e poemas-objetos realizados a partir de 1996. O humor e a crítica ácida permeiam os textos. Alexandre é filho dos pintores Milton Dacosta e Maria LEotina, e também primo do compositor paulista Walter Franco, desde cedo começou a compor e fazer filmes Super 8. Advindo da Geração 80, a partir de 1987, como extensão de sua pintura construtiv, realiza esculturas e instalações acoplando diversos objetos industrializados numa convivência que faz referência à arte conceitual brasileira dos anor 1970.

    Para ouvir as músicas do CD ADJETOS, ver mais fotos, vídeos de shows, curtas metragens, pinturas, esculturas e poemas-objetos acesse o link