Exercícios de percepção
Como pensar o tempo?

Como a impossibilidade do toque. Não palpável, não matéria, mas que nos atravessa. Dado como não coisa se torna incomensurável: o tempo não é um dia, um ano, calendários e relógios são inúteis, apenas ilusão do controle. Não são pedaços possíveis, passíveis em caixas enumeradas colocadas uma após a outra, criando um espaço de caixinhas- um espaço de tempo.

O tempo é a música permanente, duração do universo... é o passado que vive no presente como qualidade da memória, é o presente que germina cego o futuro, que por sua vez transborda lembranças e não há nada no mundo que lhe foi conferido o direito do início (dado que sempre existiu e existirá) e muito menos o direito do fim absoluto, isso porque criação anda junto com o tempo e formam o par ideal pra dança infinita.

Com a extinção material do Caderno de Cultura do Jornal do Commercio, a Página da CAZA – Arte Contemporânea se reinventa, viva que é, criação constante que permanecerá. Já não a temos apenas em um dia, a temos todos os dias. Sua existência se dá no tempo virtual.

Ela agora se abre pra leitura e releitura constante, para o conhecimento verdadeiro que é o que permanece. Torna-se referência, torna-se diálogo, matéria pra pesquisa; e aqui todos são todos convidados. “- Deixem-se abertos caros leitores! Participem!”.

A Página da CAZA fala sobre arte, sobre o devir da criação, do pensar poético que fabrica o mundo que nos cerca. Descolada do seu espaço inicial, ganha mais leveza, mais agilidade. Fala de si e diz de dentro, não apenas mais uma reflexão sobre, mas também agora reflexiva se re-cria.

Bem-Vindos!

Sabrina Travençolo







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