Nesta primavera parisiense as mostras paralelas dos artistas contemporâneos disputam com os grandes museus um espaço na mídia. Assim pode-se ler nas paginas do Web o anuncio do famoso evento “Portes Ouvertes des artistes de Belleville”, e, simultaneamente, a Monumenta de Daniel Buren no Grand Palais, Modigliani e Soutine na Pinacoteca e Matisse no Centre Georges Pompidou.
Reconhecimento da Arte produzida nestes ateliês ou da capacidade dos artistas de criar um evento cultural, popular e de porte?
Na primavera parisiense vários coletivos e associações de artistas promovem a visita publica aos ateliês: Ateliers du Père Lachaise, Ateliers de Belleville, no Leste parisiense, Lézarts de La Bièvre, na “rive gauche” no famoso Quartier Latin, são alguns exemplos. A periferia parisiense também se manifesta à Montreuil, Ivry-sur-Seine, Vitry.
O evento portas abertas em Paris surgiu na década de 80, a associação “Le Génie de la Bastille” foi uma das primeiras neste movimento. A associação teve sua origem na proximidade geográfica entre artistas instalados no bairro da Bastilha. Ela foi também a primeira a se deparar com a especulação imobiliária, que pela exorbitância dos alugueis expulsa os artistas dos seus ateliês. Esta transformação ditada pela modificação do contexto urbano, exigiu do “Génie de La Bastille” uma grande criatividade na concepção de outros eventos para continuar a existir: intercâmbios internacionais, bienal de instalações urbanas, etc. Ao festejar, em 2012, seus 28 anos de existência a associação publica o livro “Le Génie de La Bastille, une aventure artistique collective”.
Um dos maiores eventos de Portas Abertas em Paris é o de Belleville: 144 ateliês, 224 artistas na mostra que ocorreu este ano de 11 à 14 de maio. A associação de Belleville, AAB, nasceu em 1989 na luta pela preservação dos ateliês que a prefeitura tentava demolir para implantar um novo projeto urbanístico. Belleville é um bairro popular e cosmopolita, onde coabitam artistas de varias nacionalidades. Abertos ao mundo, os Ateliês de Belleville receberam, em 2005, uma delegação do Imaginário Periférico num encontro de coletivos. O Imaginário Periférico marcou sua presença no “Art Parade” entre Belleville e a Bastilha durante o evento da “Nuit Blanche” em Paris.
A questão da proximidade geográfica na fragilidade do tecido urbano, e o desejo de preservar os espaços de criação artística foram, de modo geral, as condições do surgimento dos coletivos e associações de artistas em Paris na década de 80 e nos anos seguintes.
Esta profusão de coletivos em torno de uma mesma atividade, faz com que cada associação promova também outros eventos para marcar sua identidade. A associação Lézarts de la Bièvre, uma das mais jovens associações do gênero em Paris, promove simultaneamente ao portas abertas a realização de grafite e pinturas murais ao longo do percurso dos ateliês.
A criação contemporânea parisiense abre suas portas num território conquistado pelos artistas, e é reconhecida pelo publico que a frequenta.
Reconhecimento da Arte produzida nestes ateliês ou da capacidade dos artistas de criar um evento cultural, popular e de porte?
Na primavera parisiense vários coletivos e associações de artistas promovem a visita publica aos ateliês: Ateliers du Père Lachaise, Ateliers de Belleville, no Leste parisiense, Lézarts de La Bièvre, na “rive gauche” no famoso Quartier Latin, são alguns exemplos. A periferia parisiense também se manifesta à Montreuil, Ivry-sur-Seine, Vitry.
O evento portas abertas em Paris surgiu na década de 80, a associação “Le Génie de la Bastille” foi uma das primeiras neste movimento. A associação teve sua origem na proximidade geográfica entre artistas instalados no bairro da Bastilha. Ela foi também a primeira a se deparar com a especulação imobiliária, que pela exorbitância dos alugueis expulsa os artistas dos seus ateliês. Esta transformação ditada pela modificação do contexto urbano, exigiu do “Génie de La Bastille” uma grande criatividade na concepção de outros eventos para continuar a existir: intercâmbios internacionais, bienal de instalações urbanas, etc. Ao festejar, em 2012, seus 28 anos de existência a associação publica o livro “Le Génie de La Bastille, une aventure artistique collective”.
Um dos maiores eventos de Portas Abertas em Paris é o de Belleville: 144 ateliês, 224 artistas na mostra que ocorreu este ano de 11 à 14 de maio. A associação de Belleville, AAB, nasceu em 1989 na luta pela preservação dos ateliês que a prefeitura tentava demolir para implantar um novo projeto urbanístico. Belleville é um bairro popular e cosmopolita, onde coabitam artistas de varias nacionalidades. Abertos ao mundo, os Ateliês de Belleville receberam, em 2005, uma delegação do Imaginário Periférico num encontro de coletivos. O Imaginário Periférico marcou sua presença no “Art Parade” entre Belleville e a Bastilha durante o evento da “Nuit Blanche” em Paris.
A questão da proximidade geográfica na fragilidade do tecido urbano, e o desejo de preservar os espaços de criação artística foram, de modo geral, as condições do surgimento dos coletivos e associações de artistas em Paris na década de 80 e nos anos seguintes.
Esta profusão de coletivos em torno de uma mesma atividade, faz com que cada associação promova também outros eventos para marcar sua identidade. A associação Lézarts de la Bièvre, uma das mais jovens associações do gênero em Paris, promove simultaneamente ao portas abertas a realização de grafite e pinturas murais ao longo do percurso dos ateliês.
A criação contemporânea parisiense abre suas portas num território conquistado pelos artistas, e é reconhecida pelo publico que a frequenta.
www.legeniedelabastille.net
ateliers-artistes-belleville.fr
www.apla.fr
www.lezarts-bievre.com
Abigail Nunes
Artista visual
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