quinta-feira, 7 de junho de 2012

ENSAIO - Cabeça de artista



Faca que afaga carne arde doce feito arte, teme tremor nos nervos, sangra, escorre pelos dedos apontados ao bardo barbudo bretão, arrombador de portas flechadas, derruba com a palavra não a entrada, mas a casa. A cada mandado vil ergue-se um novo fuzil, mas ninguém viuouviu o brilho da faca, a pena da flecha, o tilintar das moedas, tim-tim por tim-tim. Oi? Ah! Claro, esse Brazil tão vivo é surdo, é caixa, chocalho chacota, quanto mais chacoalha, mais chafurda. –está chorando mulher? – não, é a cebola... – mas a cebola nunca visitou a nossa casa. Comida sem graça, destempero, gosto d’água custo da comida privada, sal pro preço, cebola pros olhos e a cabeça caída, pinga pinga pinga lágrima ardente, resiste al dente e caem all dentes por desuso. Merecem busto aqueles que lutam contra seu próprio povo, mira pra pombo, alvo pra ovo, de novo...dê tudo de tudo que houver. Quando conseguirem o que querem, terão perdido tudo que tinham, sustentando um sorriso amarelo de azaleias Google, que deslizam pelos dedos sem brilho, quadradas, fáceis. Os que riem, apenas não despertaram.


Ivar
Artista Plástico


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